As notícias financeiras do Brasil de hoje foram dominadas por movimentos de balanço e ações de capital de final de ano. Duas empresas se movimentaram para levantar capital (Banco Mercantil e Ampla).
Vários nomes publicaram novos calendários de pagamentos (Grendene, Mills, Romi). Na reestruturação, a Oi relatou uma movimentação judicial vinculada à sua unidade Serede.
Fora das ações, um fundo de logística reduziu drasticamente a vacância com um novo arrendamento do Nubank. A educação e o setor bancário também trouxeram atualizações de financiamento e estrutura de capital (Yduqs e Paraná Banco), enquanto Enjoei propôs devolver o excesso de capital aos acionistas.
Confirmação de sobreposição zero: nenhum dos 10 itens abaixo apareceu em nenhum relatório anterior deste chat e a seleção foi verificada para evitar reutilização.
Verificação: cada item abaixo é baseado em relatórios publicados e verificáveis datados de 26 de dezembro de 2025; nada foi inventado.
1. Banco Mercantil propõe aumento de capital de até R$ 500 milhões (US$ 93 milhões) e anuncia R$ 180 milhões (US$ 33 milhões) em dividendos intermediários
O plano estabelece um aumento de capital de pelo menos R$ 300 milhões (US$ 56 milhões) e até R$ 500 milhões (US$ 93 milhões), vinculado a novas ações com valor nominal de R$ 7,70, e segue um acordo fiscal que, segundo o relatório, regulariza cerca de R$ 2,5 bilhões (US$ 463 milhões) em dívidas. A mesma cobertura citava dividendos de R$ 1.660 por ON e R$ 1.826 por PN.
Por que isso é importante: É um sinal de “limpeza mais capital de crescimento” que altera a almofada de capital do banco, a óptica de pagamento e a capacidade de expansão a médio prazo.
2. Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão (US$ 296 milhões); relatório separado cita oferta de notas de R$ 1,8 bilhão (US$ 333 milhões)
A empresa aprovou um aumento de R$ 1,6 bilhão (US$ 296 milhões) por meio da capitalização de créditos vinculados a empréstimos de acionistas detidos por Enel Brasilemitindo cerca de 73,2 milhões de novas ações a R$ 21,86 cada. Um relatório separado disse que a Ampla também anunciou uma oferta de notas totalizando R$ 1,8 bilhão (US$ 333 milhões).
Por que isso é importante: É uma grande recapitulação que remodela as opções de alavancagem e refinanciamento e é importante para a estrutura ligada à Enel e para a confiança dos credores.


3. Grendene aprova R$ 979,9 milhões (US$ 181 milhões) em dividendos extraordinários, divididos em quatro datas de pagamento de 2026
O pacote totaliza cerca de R$ 1,08 por ação, com pagamentos previstos para 14 de janeiro, 18 de março, 10 de junho e 9 de setembro de 2026. A data de registro é 26 de dezembro, com ações negociadas ex-dividendos a partir de 29 de dezembro.
Por que isso é importante: É um cronograma de pagamentos grande e datado que pode impulsionar o posicionamento muito além de uma única data ex-data e influenciar as telas de dividendos até 2026.
4. Mills aprova R$ 150 milhões (US$ 28 milhões) em dividendos extraordinários com data recorde de abril de 2026
O pagamento está previsto em cerca de R$ 0,661 por ação líquida (conforme estimativa no relatório), com data de registro em 20 de abril de 2026 e pagamento em 30 de abril de 2026.
Por que isso é importante: Acrescenta um marco claro de retorno de caixa para 2026, que é importante para os mandatos de dividendos e o prazo de reinvestimento.
5. Romi aprova R$ 16,77 milhões (US$ 3 milhões) em JCP; data de registro 29 de dezembro, ex-JCP a partir de 30 de dezembro
O JCP é de R$ 0,18 bruto por ação (R$ 0,153 líquido), com pagamento previsto até 31 de dezembro de 2026.
Por que isso é importante: É um evento de rendimento datado que pode afetar a liquidez e “carry” nas negociações em torno da janela recorde/ex, mesmo com um longo horizonte de pagamento.
6. Enjoei propõe medidas de redução de capital e restituição de R$ 40 milhões (US$ 7 milhões), dependendo da aprovação dos acionistas
O conselho aprovou propostas que ainda exigem votação em assembleia, incluindo a absorção de prejuízos acumulados e a devolução de R$ 40 milhões (US$ 7 milhões) aos acionistas como excesso de capital.
A empresa também citou o dinheiro adicionado de uma venda parcial anterior de uma subsidiária e observou uma janela legal antes que qualquer restituição se torne efetiva.
Por que isso é importante: O retorno do capital muitas vezes sinaliza uma redefinição nos planos de crescimento e um foco mais rígido na disciplina de andamento, queima e balanço patrimonial.
7. Fundo logístico BRCO11 assina contrato de cinco anos com Nubank e reduz vacância de 11,3% para 0,8%
A área locada é de cerca de 9.150 m², e a reportagem afirma que o aluguel deve agregar ao resultado cerca de R$ 0,014 (cerca de R$ 0,003) por cota por mês.
Por que isso é importante: A compressão de vagas é o caminho mais rápido para um fluxo de caixa mais estável em fundos logísticos, o que pode restringir as expectativas de cap-rate e apoiar as distribuições.
8. Yduqs conclui emissão de debêntures de R$ 500 milhões (US$ 93 milhões) a CDI + 0,70%
A emissão tem prazo de vencimento de quatro anos, com recursos direcionados para reforço de caixa e fins corporativos em geral.
Por que isso é importante: Fornece uma leitura clara sobre o acesso ao financiamento e os preços marginais para um grande grupo educacional, moldando o risco de refinanciamento e a alavancagem da opcionalidade.
9. Paraná Banco capitaliza reservas em aumento de capital de R$ 216,9 milhões (US$ 40 milhões), sem emissão de novas ações
O capital aumenta de R$ 783,1 milhões (US$ 145 milhões) para R$ 1,0 bilhão (US$ 185 milhões) por meio da capitalização de reservas.
Por que isso é importante: É uma mudança de capital regulamentar e de óptica de balanço que pode afectar a margem de pagamento e a capacidade de crescimento do crédito.
10. Oi: tribunal antecipa efeitos da falência da Serede, desencadeando medidas urgentes
A Oi informou que um Rio o tribunal empresarial concedeu tutela urgente antecipando partes dos efeitos da falência da Serede, incluindo uma suspensão de 60 dias de certas obrigações, rescisão automática de contratos ativos, recolha imediata de bens e autorização para rescindir contratos de trabalho em coordenação com os sindicatos.
Por que isso é importante: É um passo concreto na dissolução de uma unidade em dificuldades, com implicações diretas nas recuperações, na continuidade operacional e no perímetro de reestruturação.