Três de dezembro é o Dia Mundial de Luta Contra os Agrotóxicos e, a cada ano, os movimentos socioambientais fazem um balanço dos avanços e retrocessos sobre esse tema no Brasil, que há anos figura como o maior consumidor de agrotóxicos no mundosegundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Essa realidade é reflexo do modelo agrícola hegemônico, altamente dependente do uso desses produtos químicos, em detrimento da saúde coletiva e do meio ambiente.
Em 2024, o Brasil bateu recorde de liberação de agrotóxicossegunda informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Foram mais de 600 produtos aprovados, muitos deles proibidos nos próprios países onde são produzidos. Somente no ano passado, foram quase 122 milhões de toneladas desses produtos exportados para todo o mundo e o Brasil foi o segundo maior destino dessa substância.
As consequências desse modelo são devastadoras, com a contaminação do solo, das águas, do ar, e a conseqüente alta incidência de doenças relacionadas à contaminação por esses produtos. Isso sem falar na utilização desses venenos como armas químicas em conflitos rurais. Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT)somente em 2024, mais de 17 mil famílias brasileiras foram vítimas de ataques utilizando agrotóxicos como armas.
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