AFP via Getty ImagesDois homens armados roubaram oito gravuras do artista francês Matisse e pelo menos outras cinco do pintor brasileiro Cândido Portinari de uma biblioteca em São Paulo.
Autoridades brasileiras dizem que os ladrões detiveram um segurança e um casal de idosos que visitavam a biblioteca antes de fugirem a pé com as obras de arte.
Eles teriam entrado na biblioteca pela entrada principal às 10h (13h GMT) de domingo, e saíram pelo mesmo caminho, em direção à estação de metrô mais próxima.
O assalto ocorre menos de dois meses depois de o mundo da arte ter sido abalado por uma invasão descarada no museu do Louvre, em Paris, onde ladrões roubaram jóias de valor inestimável.
As gravuras roubadas da Biblioteca Mário de Andrade no domingo faziam parte de uma exposição conjunta com o Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Os ladrões atacaram a exposição, intitulada Do Livro ao Museu, no seu último dia.
A Bibilioteca Mário de Andrade é a segunda maior biblioteca do país e autoridades afirmam que seu prédio no centro de São Paulo contava com câmeras com tecnologia de reconhecimento facial.
O prefeito de São Paulo disse à mídia local que os ladrões já foram identificados, mas até o momento continuam foragidos.

As autoridades ainda não divulgaram uma lista detalhada das obras roubadas, mas segundo o jornal Folha de São Paulo, uma colagem que Matisse fez para o livro de arte de edição limitada Jazz está entre as levadas.
Matisse é amplamente considerado um dos artistas mais influentes do século XX e os críticos de arte dizem que o valor das obras roubadas é “incalculável”.
Os ladrões também levaram pelo menos cinco gravuras de Portinari, criadas para ilustrar uma edição especial do romance Menino de engheno, do escritor brasileiro José Lins do Rego.
Portinari, que pintou frequentemente trabalhadores rurais e operários, é um dos mais importantes artistas modernistas brasileiros.
