Pontos-chave
- O pipeline de investimentos em mineração do Chile para 2025-2034 saltou para US$ 104,549 bilhões, seu nível mais alto em mais de uma década.
- A maior parte do dinheiro vai para a expansão das minas de cobre e lítio existentes no deserto do norte, e não para a abertura de novas.
- O sucesso deste plano depende de regras estáveis, licenças rápidas e um clima político que não assuste os investidores.
O Chile acaba de atualizar o seu plano de investimento em mineração e os números são impressionantes. A comissão estadual do cobre Cochilco prevê agora US$ 104,549 bilhões em projetos entre 2025 e 2034.
Isso representa um aumento de 25,7% em relação à carteira do ano passado. O país já produz cerca de um quarto do cobre mundial e mais de um quarto do lítio. O que acontece a seguir importa muito além de Santiago.
Quase 90% do dinheiro está vinculado a cobre. Cerca de 81% dos projetos são expansões ou melhorias em instalações já existentes, enquanto apenas 19% são verdadeiros empreendimentos greenfield.
Cerca de 41 por cento do total já está em curso; o restante ainda precisa de obras de engenharia, aprovação ambiental, acordos comunitários e uma decisão final de investimento.


Dois planos gigantescos de cobre mostram como as empresas estão pensando. Em Collahuasi, propriedade da Anglo American e Glencore, está sendo estudado um novo concentrador Rosario.
O boom da mineração no Chile depende de prazos e licenças
Em Escondida, administrada pela BHP, um novo concentrador de Los Colorados foi projetado para compensar a queda no teor de minério na maior mina de cobre do mundo.
Do lado do lítio, o projeto Salares Altoandinos, liderado pela empresa estatal ENAMI com a Rio Tinto, está avaliado em cerca de 3,2 mil milhões de dólares. Chilea nova estratégia público-privada do lítio.
Só a região de Antofagasta deverá receber cerca de 40,2 mil milhões de dólares, enquanto a vizinha Tarapacá poderá atrair cerca de 14,47 mil milhões de dólares, ajudada por possíveis reinicializações em Cerro Colorado e uma mudança para a água do mar em vez da escassa água doce.
Para expatriados e investidores estrangeiros, a história por trás da história é clara. A mineração já gera perto de 12% do PIB chileno.
Se esta vaga de investimento avançar a tempo, ajudará a garantir metal para carros eléctricos, redes eléctricas e centros de dados. Se as licenças, os conflitos locais ou as experiências ideológicas o atrasarem, o custo será sentido ao longo das cadeias de abastecimento globais.