Pontos-chave
- Os preços de 2025 venceram a inflação, mesmo com as taxas permanecendo altas.
- Bertioga lidera porque a Riviera de São Lourenço eleva as médias da cidade.
- O financiamento mais apertado está a impulsionar mais procura para alugueres e arrendamentos sazonais.
A DataZAP disse que os preços médios de venda aumentaram 5,76% em 12 cidades costeiras, contra a inflação de 4,46%. Bertioga liderou as compras a R$ 19.882 (US$ 3.682) por m², enquanto Itanhaém registrou o maior salto em 2025, de 15,21%.
Instantâneo DataZAP/Estadão (por m²):
- Bertioga R$ 15.615,54 ($ 2.892) para compra e R$ 78,33 ($ 15) para aluguel; São Sebastião R$ 10.376,58 ($ 1.922);
- Ilhabela R$ 8.614,76 (US$ 1.595);
- Santos R$ 6.132,83 ($ 1.136);
- Guarujá R$ 5.490,61 (US$ 1.017);
- Peruíbe R$ 3.696,58 ($685);
- Mongaguá R$ 3.676,58 ($681).
O “Bertioga premium” fica dentro da Riviera de São Lourenço. Paula Reis, da DataZAP, citou os aluguéis da Riviera em R$ 104 (US$ 19) por m² versus R$ 50 (US$ 9) no centro da cidade, e os preços de venda em R$ 25.737 (US$ 4.766) versus R$ 9.361 (US$ 1.734).
A população da Riviera aumentou de cerca de 5.000 para 25.000 desde a pandemia. Os incorporadores citaram projetos em torno de R$ 30 mil (US$ 5.556) por m² e lançamentos com vista para o mar em R$ 70 mil (US$ 12.963).
Uma série baseada no DataZAP estima apartamentos em R$ 12.600 (US$ 2.333) por m² em 2019 e R$ 25.600 (US$ 4.741) em 2024; casas por R$ 8.300 ($ 1.537) e R$ 15.200 ($ 2.815).


Boom imobiliário no litoral de São Paulo: escassez, segundas residências e restrição de crédito
São Sebastião é puxado por Maresias. O abastecimento de Ilhabela é limitado porque são ilhas. Com a Selic cotada em 14,25%, o financiamento imobiliário fica caro.
No Minha Casa, Minha Vida, os pagamentos iniciais para imóveis usados podem ser de 35% contra 20% para novos lançamentos, e a Caixa é descrita como detendo cerca de 70% dos contratos hipotecários.
Os ajustes nas políticas que levantam o dinheiro necessário atingem primeiro os compradores financiados. O CRECI-SP disse que as transações ficaram positivas a partir de setembro e, em outubro, aumentaram 19% no ano.
Os aluguéis carregam as repercussões. O DataZAP informou que os aluguéis subiram 7,17% nos 12 meses até novembro, com Ilhabela subindo 26,62% e Peruíbe caindo 23,56%.
O CRECI-SP constatou que as diárias de um dormitório no Litoral Norte saltaram de R$ 316 (US$ 59) para R$ 1.027 (US$ 190) e as diárias de um dormitório no Litoral Central de R$ 500 (US$ 93) para R$ 1.023 (US$ 189).
Médias regionais: 187,5% Norte, 53,71% Centro, 59,10% Sul. O CRECI-SP alertou locatários para ficarem atentos a fraudes e insistirem em contratos claros.