O Supremo Tribunal do Brasil foi convidado a examinar a legitimidade de uma assinatura de chave que ajudou a fortalecer a posição do presidente da Federação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues.
Uma petição da deputada Daniela Carneiro foi enviada ao desembargador mais antigo do tribunal, Gilmar Mendes, pedindo a apreciação do caso e a suspensão de Rodrigues do cargo, em meio à sugestão de que esta assinatura é “inautêntica”.
O acordo assinado pelo vice-presidente da CBF, Antonio Carlos Nunes de Lima, em janeiro de 2025, fortaleceu a posição de Rodrigues na presidência da federação.
Rodrigues, de 71 anos, é presidente da CBF desde 2022 e foi reeleito sem oposição em março.
Carta enviada ao Supremo Tribunal Federal pela deputada Daniela Carneiro afirma que laudo médico de 2023 afirmava que o vice-presidente Nunes de Lima carecia de capacidade “física e cognitiva”. Ela alega, portanto, que ele assinou o documento chave “sem a sua plena capacidade de compreensão” ou que a sua assinatura foi falsificada sem o seu consentimento.
A CBF rejeita a sugestão de que a assinatura seja inautêntica e insistiu em nota que “os atos relacionados ao referido acordo foram praticados dentro da lei” e que “o processo foi legítimo”. O Atlético tentou entrar em contato com Nunes de Lima e a CBF sobre seu bem-estar mental.
A carta de Carneiro argumenta que a situação é “prejudicial à imagem da CBF na sociedade brasileira e que a confiança da população certamente ficará manchada” se Rodrigues permanecer no cargo como presidente da CBF.
As consequências vêm com a CBF buscando nomear um novo técnico para a seleção brasileira, após a demissão de Dorival Junior em março.
O técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, é o candidato preferido da CBF e está em negociações sobre uma mudança desde março, sendo o jogador de 65 anos descrito pela federação como “o sonho do presidente (Rodrigues)”.
O Atlético informou em 27 de abril que Ancelotti estava definido para deixar Madrid e assumir o cargo de técnico do Brasil em um contrato inicial de um ano até o final da Copa do Mundo de 2026.
Esperava-se que ele assinasse seu contrato com o Brasil quando se reunisse com representantes da CBF em Londres, no dia 28 de abril, mas o movimento subsequentemente paralisado. Foi necessário que Ancelotti chegasse a um acordo definitivo com Madrid antes de poder assinar com o Brasil. Isso é esperado em breve, para que ele possa estar presente nas eliminatórias da Copa do Mundo em junho, contra Equador e Paraguai.
Em marçoo ex-atacante brasileiro Ronaldo retirou sua candidatura para concorrer contra o titular nas eleições presidenciais de 2026 da CBF.
(Foto: Buda Mendes/Getty Images)