Milhares de cidadãos norte-americanos foram às ruas neste sábado (6) sob o lema “vamos impedir a guerra antes que ela comece” para rejeitar os planos de agressão imperialista militar de Donald Trump contra a Venezuela.
A mobilização, liderada por uma ampla coalizão de organizações progressistas, denuncia que o governo republicano “estaria repetindo a estratégia criminosa do passado” ao incluir uma possível intervenção com acusações infundadas sobre tráfico de drogas.
Entre os primeiros grupos a apoiar o protesto estão a Coalizão ANSWER, o Fórum Popular, a Aliança Negra pela Paz, o CÓDIGO PINKo Movimento da Juventude Palestina, o Partido pelo Socialismo e Libertaçãoos Socialistas Democráticos da América e os Dissidentes. Em um comunicado, os organizadores lembraram que, há 22 anos, os Estados Unidos declararam guerra ao Iraque com base em mentiras e alertaram que a Casa Branca busca replicar essa estratégia contra a Venezuelacom implicações regionais que afetariam todo o Caribe e a América do Sul.
“Trump está contornando inconstitucionalmente uma declaração de guerra do Congresso ou mesmo uma autorização para o uso da força, enquanto o Secretário para Crimes de Guerra, Pete Hegsethemite ordens flagrantes de ‘matem todos’ e justifica ataques ilegais de ‘tiro duplo’ contra sobreviventes isolados. O mundo inteiro considera tudo isso flagrantemente ilegal e exige paz”, diz a carta.
Segundo os organizadores, cerca de 15.000 soldados norte-americanos foram mobilizados para cercar a Venezuela, além de um grande poder navalum custo superior a um bilhão de dólares. Em resposta a esse posicionamento, a Coalização RESPOSTA convocou uma mobilização nacional.
“Mas ainda não é tarde para agir! Precisamos impedir essa guerra antes que ela comece. Vamos nos reunir em todo o país neste sábado, 6 de dezembro, para enviar uma mensagem a Trump e ao Congresso: ‘Não à guerra contra a Venezuela!‘”, declararam.
O artigo publicado pelo site norte-americano ANSWER destaca que 70% da população dos EUA se opõe a uma intervenção militar contra a Venezuela. “As pessoas estão percebendo os pretextos absurdos e distorcidos que o governo Trump está oferecendo sobre o narcotráfico, para o qual não apresentou nenhuma prova“, afirma o artigo.
Solidariedade Internacional
Enquanto isso, em Havana, Cuba também terá um protesto anti-imperialista neste sábado (06), em frente ao Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), em apoio à Venezuela e contra o Destacamento militar dos EUA no Caribe.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, descreveu a situação como “uma ameaça muito séria ao direito internacional e uma escalada da agressão militar e da guerra psicológica contra o povo e o governo venezuelano, com consequências incalculáveis e imprevisíveis para a paz, a segurança e a estabilidade na América Latina e no Caribe”.
Segundo o site venezuelano teleSURao longo deste sábado, até o momento, atos de repúdio à ameaça de guerra imperialista dos Estados Unidos ocorreram no Chile, México, Porto Rico, República Dominicana, Espanha, Colômbia e País Basco.